Painéis Financeiros Municipais (PFM) – Américo Brasiliense SP

O Painel Financeiro Municipal (PFM) é uma das principais ferramentas utilizadas pelo Grupo de Pesquisa sobre Controle Social do Gasto Público (GPCGP) na análise financeira e orçamentária municipal. Foi concebido e desenvolvido ao longo de seminários realizados entre 2008 e 2010 no âmbito da disciplina Administração Financeira e Orçamentária Pública do Curso de Administração Pública da UNESP/FCL-Araraquara SP. Nele são sintetizadas as informações mais relevantes dos demonstrativos contábeis elaborados pelas prefeituras, seus órgãos e entidades, de modo a facilitar a compreensão de suas contas e resultados.

O PFM constitui-se num segundo passo relevante do Observatório TOM Web, na medida em que vai além de uma simples linkagem de documentos orçamentários-financeiros do município. Trata-se de uma primeiro análise das finanças municipais, abarcando seus aspectos básicos.

Através do PFM é possível visualizar o comportamento da receita durante o período considerado, verificando a procedência e volume dos recursos auferidos, em valores atualizados pelo IGP-DI (Fundação Getúlio Vargas). É possível também conhecer o peso de cada receita no montante recebido pelo município, com isso avaliando o grau de dependência de cada fonte, tributo ou ente da federação.

Do ponto de vista da despesa (também em valores atualizados pelo IGP-DI/FGV), é possível verificar o quanto foi aplicado nas principais funções governamentais (saúde, educação, habitação, etc.), em quais elementos os gastos foram realizados (pessoal, material de consumo, investimentos, etc.), e se as despesas foram correntes ou de capital. Essa análise minuciosa do período revela as escolhas que o governo local fez ao aplicar recursos públicos arrecadados ou recebidos de esferas superiores (Estado ou União).

Além de dados de receita e despesa, o PFM contém as séries históricas do valor adicionado e do índice de participação do município no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual repassado aos municípios (à proporção de 25% de toda a arrecadação estadual). Essas informações são valiosas na avaliação das condições econômicas do município e de sua capacidade de arrecadação. O valor adicionado (também corrigido pelo IGP-DI/FGV) representa aproximadamente a produção anual de riqueza da cidade (soma das vendas menos soma das compras necessárias para produzir). Com base nele e em outros fatores de menor peso é calculado o índice de repasse do ICMS a cada um dos 645 municípios paulistas.

Para auxiliar a análise, além das tabelas com a evolução dos valores ano a ano, o PFM traz gráficos que facilitam a visualização do comportamento das finanças municipais.

As fontes utilizadas para alimentar o PFM são a base Finanças do Brasil (FINBRA) da Secretaria do Tesouro Nacional (STN), disponível em http://www.tesouro.fazenda.gov.br/estados_municipios/index.asp e a Secretaria da Fazenda do Governo do Estado de São Paulo (https://www.fazenda.sp.gov.br/dipam/). Os dados nominais estão disponíveis para qualquer cidadão.

O PFM foi concebido e alimentado no âmbito da pesquisa Situação Financeira dos Municípios da Região Administrativa Central do Estado de São Paulo: Limites e Potencialidades para a Adoção de Metodologias Orçamentárias Participativas, que tem como coordenador o pesquisador-líder do GPCGP, Prof. Dr. Valdemir Pires.

Dela participam o pesquisador e Administrador Público Bruno Mancini e os estudantes-pesquisadores Everton Ruiz Favaretto e Geralda Cristina de Freitas Ramalheiro. O uso e divulgação do trabalho é permitido, desde que citada a fonte: http://gpcgp.wordpress.com/observatorio-tom-web-ra-central-sp-2/.

Notas metodológicas

1. A análise do comportamento da receita apresenta-se dividida, para maior clareza, em receitas próprias, receitas correntes transferidas e receitas de capital. O peso das partes sobre todo é sempre demonstrado. Já a despesa está classificada por funções de governo, em que são elencadas as principais, por sua representatividade: Saúde; Saneamento; Educação e Cultura; Assistência Social; e Habitação e Urbanismo. Há também uma classificação da despesa por elementos, em que são expostos os gastos anuais de cada município com: Pessoal, Material de Consumo, Serviços de Terceiros de Pessoas Física e Jurídica, Serviço da Dívida, Investimentos e Outras Despesas. A divisão entre receitas correntes e de capital também é apresentada. Para facilitar a compreensão, inclusive gráfica, foram agrupadas algumas receitas e despesas de escassa participação no todo, mas que somadas passam a ser significativas:

Outras Receitas Próprias: estão incluídas as seguintes receitas: IRPF (recolhido do funcionalismo), receitas de Serviços, Agropecuárias e Industriais e Outras Receitas Correntes (sendo que esta inclui, além da Dívida Ativa e outras, Receitas Diversas, que podem eventualmente contabilizar receitas transferidas, distorcendo, a classificação). A principal causa de elevados volumes desta receita é a existência de serviço municipal de abastecimento de água e tratamento de esgoto.

Outras Receitas Correntes Transferidas: incluem ITR, IOF Ouro, Receitas de Compensações Financeiras, FNAS, LC 87/96, Outras Transferências da União, Receitas diversas do Governo Estadual excluindo ICMS e IPVA e outras transferências que não se enquadram nas demais categorias.

Transferências Voluntárias: são as transferências de capital que não chegam aos municípios através de convênios. Estão incluídas as transferências voluntárias de todas as origens: federal, estadual, de outros municípios, entes governamentais e instituições privadas.

Outras Receitas de Capital: Incluem Alienação de Bens, Amortização de Empréstimos e Outras Receitas de Capital.

Serviço da Dívida: inclui o pagamento de juros e encargos (despesas correntes) e amortizações (despesas de capital).

Outras despesas: São as despesas classificadas como “Outras despesas correntes” excetuando-se o gasto com material de consumo e Serviços de Terceiros (PF/PJ) e incluindo as inversões financeiras.
___________________________________

Abaixo você pode encontrar os Painéis Financeiros do Município de Américo Brasiliense, a partir de dados colhidos do FINBRA, o banco de dados produzido pelo Tesouro Nacional e publicado na internet no seguinte endereço.

http://www.stn.fazenda.gov.br/estados_municipios/index.asp

Dois tipos de valores monetários estão sendo abordados nesta planilha:

-Valores Nominais
-Valores Deflacionados


A princípio estão os Painéis em Valores Nominais, isto é, quantidade de moeda da época, sem levar em consideração a variação do poder de compra que ocorre com o aumento da inflação.

Depois, estão os Painéis Financeiros Municipais em Valores Deflacionados que são os 
valores que não constam nos documentos orçamentários da sua execução, mas representam o poder de compra comparável ao dos dias de hoje, afinal, conforme o tempo passa o poder de compra da moeda diminui, por um fenômeno conhecido como INFLAÇÃO!! (clique no link que tem uma explicaçãozinha boa pra saber o que é isso)

-Mas e aí… se não são os valores de verdade, por que é importante saber?

É relevante esse tipo de informação para que você possa estabelecer uma comparação com a quantidade de dinheiro que foi utilizado na época e comparar com mais clareza a forma como ele foi utilizado, agora com uma base monetária de mesmo poder para todos os ano… o dinheiro nessas planilhas tem poder de compra IGUAL. Portanto, a comparação entre um ano e outro é precisa, e as políticas públicas municipais poem ser comparadas com justiça de um ano para outro.

É interessante saber também que existem diversos ÍNDICES DE DEFLAÇÃO, e o índice utilizado por nós é o IGP-DI (Fundação Getúlio Vargas). Para corrigir os valores para o mês 02/2012 como está aí, utilizamos o Mês/Ano base de Dezembro de cada ano, assim demonstramos uma variação mais precisa.

Aproveitem os Painéis, que sejam de utilidade =)

1 - Tabelas e Gráficos

Evolução das Principais Receitas (valores nominais)

Gráfico Receitas Próprias (nominal)

Gráfico Receitas Transferidas (nominal)

Gráfico Receitas Totais (nominal)

Evolução das Principais Despesas (valores nominais)
Gráfico Despesas por Elementos (nominal)

Gráfico Despesas por Função (nominal)

Evolução do Valor Adicionado (nominal)

Gráfico Valor Adicionado (nominal)

Deflator

Evolução das Principais Receitas (valores reais)

Gráfico Evolução das Principais Receitas (real)

Gráfico Evolução Receitas Totais (real)

Gráfico Evolução Receitas Próprias (real)

Gráfico Receitas Transferidas (real)

Gráfico Real Receitas Corrente e Total

Evolução das Principais Despesas (valores reais)

Gráfico Evolução das Principais Despesas (real)

Gráfico Despesas por Função (real)

Gráfico Despesas por Elementos (real)

Evolução do Valor Adicionado (real)

Gráfico Evolução do Valor Adicionado (real)

Evolução do Índice de Participação ICMS

Gráfico Evolução do Índice de Participação

2 - Análises

Análise do Ìndice de Participação ICMS

Análise das Receitas

Análise das Despesas

Análise do Valor Adicionado

Nenhum comentário:

Postar um comentário